A Corte de Sangue – Clã Lasombra🥇

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A Corte de Sangue é uma instituição do Clã Lasombra que serve como um instrumento para regular a política do clã. Algo como um Tribunal interno gerenciado pelos Amigos da Noite (Amici Noctis).

Muito antes do Sabá existir, antes de qualquer sociedade humana conhecida hoje pelos eruditos mortais, o Antediluviano lasombra percebeu que suas crias (Assim como Antediluviano e seus pares) tentariam alimentar-se umas das outras. Reprimir completamente estas práticas não iria funcionar muito mais do que, de acordo com as histórias nodistas, o decreto de Caim contra a Diablerie.

mas a predação poderia ser limitada por regras, e a destruição de um companheiro de Clã poderia ser feita como uma recompensa dada de acordo com procedimentos e uma política. O Antediluviano estabeleu as Cortes de Sangue para pôr esta concepção em prática.

Um Lasombra que tem queixas contra outro companheiro de Clã inicia o processo tornando a sua insatisfação pública. Ele fala com o Lasombra mais poderoso da sua vizinhança. Eles conversam entre si, e de três a treze integrantes dos Amigos da Noite, podem constituir uma Corte de Sangue. Eles ouvem a petição do Queixoso e, depois, dispensam-na, enquanto deliberam sobre o caso. Isto pode levar minutos ou anos, e enquanto a Corte delibera, o vampiro que fez a reclamação não pode exercer pressão sobre o caso, sob o risco de ser destruído.

Em mais da metade dos casos, a corte decide que a reclamação não tem mérito o suficiente. Os membros da corte repreendem o queixoso por sua falta de capacidade crítica e, às vezes, impõe uma sanção, como a perda de Status. Em 10 a 15% dos casos, a corte decide que o alvo merece alguma punição que se aproxime da destruição. Às vezes a corte ordena simplesmente que o alvo apresente alguma explicação ou bem para o queixoso. Com mais frequência, a corte instrui o queixoso de que ele receberá o título de certa propriedade ou influência, desde que consiga tomá-los do alvo. Se for além disto, ele novamente corre o risco de ser destruído pela corte e, se não conseguir, bem obviamente, não merecia.

No resto dos casos, a corte concorda com a destruição do alvo. Muitas vezes, a corte impõe restrições: nenhum uso de disciplinas, destruição dos carniçais e posses antes da destruição do próprio alvo ou qualquer coisa parecida. Em todos os casos, um ou mais Lasombra, que podem ter sido escolhidos pela corte ou nomeados pelo Queixoso e confirmados pela corte, tem de testemunhar o ato da destruição. O queixoso pode ter um número limitado de tentativas (normalmente apenas uma), ou um determinado espaço de tempo, para destruir seu alvo, depois do qual a corte considerado o assunto encerrado. A corte prefere conceder o direito de tentar, ao invés de garantir um resultado.

Ao deliberar sobre o caso, a corte se reúne na escuridão. O queixoso não deve em que local os companheiros de clã ouvem o seu depoimento.

Ele é convocado anonimamente a um ponto de encontro, e ao entrar se depara com os juizes ja ocultados pela tenebrosidade, ofuscação ou outras disciplinas, se ele for capaz de penetrar o ocultamento deles, é evidentemente digno de fazê-lo, mas qualquer esforço posterior para agir de acordo com o conhecimento de que um vampiro em particular era um de seus juízes, quase sempre é punido com a destruição. É dever das cortes agir como a voz da tradição, abstraída da miríade de vozes dos Lasombra.

Não existe um procedimento formal para se apelar. Um queixoso pode requerer uma segunda audiência, mas a corte não tem nenhuma obrigação de aceitar. Os juízes podem preferir, encaminhar o assunto a outros Amigos da Noite, mas isto quase sempre acontece durante a deliberação. De modo que nenhum vampiro tem conhecimento disso. As, vezes uma corte de apelação reúne-se no mesmo local que uma corte de baixo escalão, e convoca novamente o queixoso; a prática do ocultamento faz com que seja difícil distinguir isso de qualquer solicitação rotineira de mais informações.

Tentativas de destruir um outro Lasombra (que não seja Antitribu), sem a sanção da corte já é, por si só motivo para uma queixa, tenha a tentativa sido bem sucedida ou não. Um neófito que age sob o controle do Frenesi pode conseguir uma comutação da pena, como fazem alguns anciões diante de provocações extremas. No geral, contudo, o que os Lasombra esperam uns dos outros é que eles tenham Autocontrole o suficiente para abster-se da destruição (embora não de menor violência). A eficiência das cortes, em equívocos deste porte, depende inteiramente de quão zelosos são os Amigos da Noite residentes naquela área – em algumas cidades, eles deixam passar de quase tudo, enquanto que em outras, somente as infrações mais leves escapam.

Todo o conceito das cortes vive dentro uma tensão desconfortável com a organização do Sabá. As cortes não respeitam as posições dentro do Sabá, ah não ser como uma preocupação incidental. Um Lasombra de baixo escalão pode insistir numa reclamação contra um Lasombra do Sabá de escalão imensamente superior, e ,se a corte achar que a causa tem mérito, o inferior poderá prosseguir, e os juízes intercederão (pelo menos até certo ponto) a seu favor junto a hierarquia do Sabá existente ao seu redor. A Corte pode decidir adiar o julgamento até o final de uma crise local – pouquíssimos decretos são baixados em meio a uma guerra, por exemplo,  ou pouco antes de um dos integrantes anuais, quando os oficiais do Sabá tem que se preparar para a ocasião.

Poucos Anciões Lasombra vêem um conflito entre as tradições da seita e a do clã. Os Lasombra antecedem o Sabá, e este deve a sua existência acima de tudo aos visionários Lasombra. Para os Anciões de fora do Clã, a questão é igualmente simples: o Sabá governa e os Clãs obedecem. COnflitos menores surgem às vezes, toda vez que uma decisão da corte afeta a ordem das coisas no Sabá.

As Cortes de fato, atuam em casos entre os Antitribu, assim como no Clã principal. Nenhum dos Lasombra propaga o fato, mas algumas cidades repletas de lasombra simplesmente não dão muita atenção a esta divisão e tornam a “justiça” do clã igualmente disponível para ambos os lados.

 

Usando A Corte

Um exemplo de como os acusadores apelam para o Tribunal de Sangue:

“Estimada Ming:

Ductus Andrew me disse que você está prestes a apresentar seu primeiro caso a um Tribunal de Sangue. Assim como fiz por ele, ofereço alguns conselhos sobre como conseguir o que deseja.

  1. Esteja preparada com antecedência. Certifique-se de que você está clara em seu alvo e de que pode documentar suas queixas. Isso não significa que todas as suas cobranças devam ser verdadeiras. Eles devem ser plausíveis e apoiados pelo que parece ser uma boa evidência. No entanto, não tente falsificar coisas além de sua capacidade para ter sucesso no engano.
  2. Seja concisa. Se o tribunal tiver dúvidas, os juízes solicitarão mais informações. Não comece insultando sua inteligência ou experiência.
  3. Ofereça propinas e incentivos. Se possível, explique como sua ação irá beneficiar os prováveis ​​membros do tribunal. Não faça suposições demais nessa direção. Acima de tudo, não presuma com confiança que você sabe quem não está na quadra e explique como essa ação fere aquele Amigo ausente. Inevitavelmente, ele ou um aliado seu estará na quadra. Se uma juíza compartilhou sangue com ele, ela pode atender ao chamado do Vinculum para se opor a você.
  4. Seja respeitoso e confiante. Afinal, o tribunal pode decidir destruir você. Mostre-se um herdeiro digno da tradição de autoridade do clã. Respeite os juízes. Comande seus inferiores. Nesse sentido, ajuda ter alguns inferiores para comandar.
  5. Cultive membros subordinados do seu bando para esse propósito, se você espera fazer isso regularmente. Siga todas as instruções do tribunal. Siga-os completamente. Não vá além deles. Não pare perto deles.
  6. Não seja gananciosa. Se você fizer uma petição mais de uma vez a cada poucos anos, atrairá a atenção dos céticos. O tribunal pode autorizar sua destruição como uma ameaça perturbadora aos interesses do clã. Não desperdice seu esforço em assuntos triviais. Você e seu alvo são, em princípio, imortais. Não tenha pressa. ”

– Atenciosamente, Demba

Referências

  • Encyclopaedia Vampirica, p. 55
  • Livro de Clã: Lasombra Revisado, p. 51 – 52
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